Os super-ricos que têm fortunas geridas por family offices, escritórios de investimentos especializados na alta renda, têm acesso a oportunidades exclusivas no mercado imobiliário, tanto residencial como corporativo. Esses escritórios podem se tornar uma espécie de sócios dos empreendimentos logo que estão sendo criados, uma prática conhecida do ramo imobiliário, mas que antes era restrita a amigos e familiares dos empresários. Os retornos chegam a 25% ao ano, superando com folga os rendimentos de títulos de renda fixa atrelados à Selic atual, de 11,25% ao ano.
O capital levantado com esse público é aplicado de forma diferente daquele captado com bancos, utilizado em obras e listado como dívida. Esse dinheiro é para a etapa inicial do projeto, que começa na aquisição do terreno, e o saldo não vira dívida, vira equity. Ou seja, é como se fosse um novo sócio entrando no projeto.
Em média, até 20% do capital necessário para um empreendimento imobiliário é captado com family offices. No mercado residencial, esses escritórios demonstram interesse nas duas extremidades: projetos voltados ao público de baixa renda e empreendimentos direcionados aos consumidores de alta renda. Já os projetos para a classe média, cuja renda foi pressionada nos últimos anos, não despertam o mesmo interesse.
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Como os escritórios de gestão de fortunas dos super-ricos investem em imóveis
Postada em 10/12/2024 às 14:18:33

Rentabilidade com ativos imobiliários pode chegar a 25% ao ano
Fonte: Jornal Estado de São Paulo